Prefácio Câmara de Comércio
“Nada acontece por acaso”
De forma maravilhosa e acolhedora, vindo da Bélgica há 30 anos atrás, fui recebido como somente os brasileiros sabem acolher. Jovem ambicioso, querendo conquistar o mundo, recém formado pela Solvay Business School, da Universidade Livre de Bruxelas, com o diploma de Engenheiro Comercial, hoje chamado de Engenheiro de Gestão, como um bandeirante desembarquei no Rio de Janeiro para descobrir este país, na época tão desconhecido do público europeu em geral.
Da mesma forma que Ernest Solvay em 1903, fundador das empresas Solvay, com a visão de desbravador fundou a “Escola de Comércio Solvay”, em parceria com a ULB – Université Libre de Bruxelles, com a determinada missão de “formar homens e mulheres capazes de escolher, empreender e gerenciar”.
Não por acaso, anos mais tarde como Presidente da ABF - Associação Brasileira de Franchising, pude defender a forma mais moderna de empreender. Tive a honra de presidir a instituição por três gestões consecutivas e fazer parte do seleto pequeno grupo de fundadores do WFC – World Franchising Council (Conselho Mundial de Franchising).
Minhas raízes com meu país natal, e minha vivência pessoal e profissional no Brasil me encaminharam ao posto de Vice Presidente da BELGALUX – Câmara de Comércio e Indústria Belgo-Luxemburguesa-Brasileira no país.
Nestes anos todos de vida brasileira tive a oportunidade de conhecer e admirar diversos batalhadores. Um deles, o Cônsul Geral da Bélgica em São Paulo, Sr. Michel Ardui, trabalhador incansável, e grande apreciador das artesvisuais e musicais, me colocou em contato com a história da vida do diplomata e artista Benjamin Mary e sua obra. Ardui tinha o desejo de chegar à publicação de um livro de arte sobre a obra de Mary e assim, assumi esse empreendimento como um novo desafio. À essas informações de Mary, somaram-se o imenso conhecimento do professor Eddy Stols da Universidade de Lovaina na Bélgica, a respeito das relações belgo-brasileiras, e a quem devo meus agradecimentos pelo despertar sobre a riqueza da história que existe entre os dois países.
Tive também a honra de conhecer Carlos Martins e Valeria Piccoli, pesquisadores de obras de arte e curadores da Coleção Brasiliana Fundação Estudar, que me impressionaram com o seu conhecimento sobre arte e me apresentaram à maravilhosa obra de Benjamin Mary, tão bem retratada neste livro.
Não por acaso, meu amigo Daniel de Freitas, possuía o conhecimento na condução de projetos culturais, além de experiência em edição e publicação de livros de arte.
Nessa obra, todos poderão apreciar a combinação entre a arte produzida no passado e no presente.
Assim , quero agradecer aos Srs. Paulo Schirch, Jean Pierre Lapage e Ademar Luiz Mendonça Jr., do Grupo Solvay, pela aguda percepção e sabedoria em reconhecer o valor dessa obra e investirem nesse projeto.
Bernard Jeger
São Paulo, 31 de novembro de 2005.